segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

nunca se deixe influenciar

Parece totalmente clichê essa frase, mas o que realmente acontece (e quase ninguém percebe ou da importancia) vai além do óbvio.
Ser influenciado, vai além de mudar a forma de agir para entrar em algum grupo social, usar certo tipo de roupa, usar drogas ...
Isso é o banal, o ridículo, que pessoas de mente fraca se deixam levar, ou ostentam algum status.
Nesses casos, a pessoa influente, muitas vezes nem se da conta que esta influenciando o próximo.

Porém, quero chegar na manipulação, quase inconsciente do manipulador.
Pode estar em qualquer lugar, no seu trabalho, na escola, seu circulo de amigos que saem no final de semana.
Sabe aquela pessoa, que adora te dar conselhos, só pelo fato de você estar desabafando seus planos.
Sejam planos do âmbito familiar, amoroso, financeiro ou escolar. Esses geralmente não irão tocar no comportamento, pois fica muito forçada e obvia a manipulação.
Não digo que sejam pessoas que queiram arruinar sua vida, "sociopatas" ou algo do tipo. São apenas pessoas frustradas, que mesmo de maneira até em parte incosciente, estão em posição de competição com você.
Pessoas com uma visão estreita do mundo, que não sabem que devemos analisar as coisas de diferentes ângulos e com diferentes opiniões.
Pessoas inseguras, que querem se sentir melhores diante do fracasso do próximo.
Ter aquele "gostinho" de poder falar como comentário _" Fulana não conseguiu namorar com ciclano." _ "Fulano estudou tanto mas não conseguiu passar naquele curso."
Eles agem continuamente, porém de forma lenta. Se tem o contato diário, principalmente, vão enchendo sua cabeça com frases desanimadoras, cada vez que o tal assunto que eles pretendem manipular vem atona. Poderiam ficar com a maldita boca fechada, já que você não fica pedindo conselhos o tempo todo.
Existe a diferença também, de opinião, para conselho. Opinião é quando a pessoa expõe seu ponto de vista, sem ficar batendo na mesma tecla milhões de vezes pra você depois. A diferença básica da opinião pro conselho, é que o conselho, quem o dá , acha que é o melhor a se fazer e ponto. Quem dá sua opinião, escuta teu ponto de vista e não impõe suas idéias como verdades absolutas.
Observe, quem faz isso, se é alguém de sucesso no determinado assunto, ou um fracassado, conformado ou não.
Observe também, que a própria pessoa que te da tais conselhos, poderá agir se já não age, de forma totalmente contraditória com o que ela te disse para fazer.
Se a pessoa não tem capacidade para determinada coisa, ela tende a dizer que "odeia", que é uma porcaria , que você irá se dar mal etc... Pode finalizar a frase com o famoso _ "Faça o que você achar melhor." Mas depois de discursar vários dias contra o seu desejo.
Você acha que essas pessoas são raras? Que não são suas amigas? Que você não tem conhecidos assim?
Eu também achava, mas não é bem assim. A inveja existe.
O que fazer para se livrar dessas pessoas? Uma pessoa assim pode ser seu amigo, mas por conta de suas frustrações e incapacitação, pode nem perceber o mal que fez, dando a sua de "sincero".
Proteja seus ouvidos, melhor coisa, ignorar.
Diga, é mesmo, verdade! Mas faça o que você realmente achar melhor no fim, conselhos insistentes só dão em sujeira.
Pode parecer hipócrita eu escrever um artigo anti conselho dando de certa forma um. Mas tudo isso você irá um dia perceber por conta própria. Outra, que escrevo aqui mais como forma de diário virtual para arquivar esses pensamentos.
Escute mais seus pais, eles podem querer realizar sim as frustrações deles em você, porém assim estão desejando apenas o seu crescimento.
O melhor remédio se você não aguentar mais, é mandar essa gente tomar naquele orifício.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

"Marquesa, porque eu serei marquês"

"Um homem que não era mais esbelto que eu, nem mais elegante, nem mais lido, nem mais simpático e, todavia, foi quem me arrebatou Virgília e a candidatura, dentro de poucas semanas, com um ímpeto verdadeiramente cesariano."

Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas cap. 43

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Valor da Ignorância por Júlio César Burdzinski

Pseudo-conhecimento

“Só sei que nada sei”. Esta talvez seja a mais famosa sentença da História da Filosofia. Quem já não a ouviu? E quantos já não a pronunciaram em alguma ocasião? A sentença é originalmente atribuída a Sócrates, o filósofo seminal da Filosofia clássica grega. Sócrates não registrou em texto seus ensinamentos, mas o mais famoso de seus discípulos, Platão, nos legou uma extensa obra. Esta obra é majoritariamente composta por diálogos. Também majoritariamente, estes diálogos têm em Sócrates seu personagem central. Se os diálogos platônicos estão mais próximos de ser uma exposição literal das palavras de Sócrates, ou uma criação filosófica e literária de Platão, não é importante aqui. O que sim importa é que Sócrates nos aparece como alguém que busca o conhecimento, alguém que questiona os supostos sábios sem se considerar sábio ele mesmo.

(...)


Pseudo-ignorância

A ignorância — ou, se preferirem, a consciência de nossa própria ignorância — não nos é dada gratuitamente; a ignorância tem um preço. Não a ganhamos, a conquistamos. E com trabalho, com muito trabalho. Como tudo o mais que tem algum valor na vida, também a obtenção da ignorância exige esforço, paciência e dedicação. Pois ocorre que nos é muito mais natural crer do que duvidar. Nossa tendência é crer que as coisas de fato sejam como elas de início nos parecem ser. A dúvida acerca dessa aparência primeira pode surgir de diversos modos, e um desses modos é o modo filosófico. Neste caso, se trata de um esforço deliberado e metódico para colocar em questão as aparências. E este esforço não é fácil nem é simples.

(...)


Júlio César Burdzinski é prof. do Depto. de Filosofia e Psicologia da Unijuí (RS)




domingo, 12 de setembro de 2010

A dor religa o corpo ao cérebro.

Seja carnal, emocional se ainda possível senti-la.
A dor, o sofrimento, angustia e a decepção fazem parte do viver e da aprendizagem.
Trazem experiencia, trazem frieza,trazem desanimo. Que leva a escolha de apenas existir.

Por ROTTEN

"Eu vi meus medos mil vezes
Duvidas infinitas - Vida da paranóia
Eu tento encontrar uma maneira
Desse estado de desejo suicida

Eu olho com olhos vazios á lamina
Como lagrimas que começam a cair na minha face
Outra noite sozinho comigo mesmo
Numa com melancólia e depressão

Por quê eu tenho de viver com esses medos ?
Eu sei que a minha única tragédia é a minha mente
As vezes eu acho que estou perdendo todas as alegrias

Eu me sinto tão cansado agora , tão longe
Eu não consigo ver a próxima manhã com essa dor
Outro corte delacera minha carne
As vezes eu acho que esse é meu último

Eu estou apenas tentando objetivar esse ódio
Eu provo além de mim mesmo e da vida por si mesma
Eu apenos preciso assistir essas cinquenta feridas
Eu abri meu corpo na noite

Qualquer um pode matar a si mesmo um dia
A vida apresenta dor e sofrimento no nosso caminho
Corte seu pulso,isso é mais simples do que parece
Mas na morte você saberá "

Trechos de

Disheartenment , Forgotten Tomb.




Alguma coisa nos não podemos religar ...

A esperança acaba.
As tentativas foram esgotadas.
Porém o sentimento passa, junto com as tentativas de esquecimento.
E concluo que a morte é o único fato sem solução, para quem a sofreu.

Por ROTTEN

Carta de suicidio

Introdução

Suicida, que promete avisar de alguma forma os vivos, se existir vida após a morte.

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Eu já estava morto, necessitava apenas descansar. Já não sentia, não amava, não odiava. Uma postura indiferente com o mundo, uma forma de insegurança com os sentimentos primitivos humanos causados por hormônios.
Assim como as demais substancias químicas, os sentimentos são liberados por reações involuntárias do nosso corpo, como um remédio que se usa há certo tempo já não traz mais efeitos.
Eu me sinto fedendo, eu me sinto podre por estar nessa carcaça humana. E mesmo evitando e estando saturado disso, um dia a química obstrui a consciência.

As pessoas não são imprevisíveis nas relações interpessoais, os sentimentos mais primitivos escondem os mais óbvios sinais.

Eu já também não sinto ódio por ninguém, por isso não tive coragem para matar alguém antes de matar a mim mesmo.
Aos que se dizem meus amigos, em vocês via apenas companhias, muitas vezes difíceis de suportar.


Nesse relativo pouco tempo que vivi, pude concluir que o mundo parece girar para os "pseudo intelectuais", para os ignorantes, e para os acéfalos.

_ Existem diferenças entre esses.

O "pseudo intelectual" tem sua inteligência, mas ainda é preso a dogmas culturais e pessoais, desde sua ingenuidade, de absolutismo de idéias, negando a duvida.
O ignorante, não tem conhecimento sobre as coisas, por falta de interesse ou oportunidade, ao mesmo os dois. Não se sabe se o ignorante é acéfalo.
O acéfalo é o que não tem capacidade de adquirir conhecimento, ou tem grandes dificuldades para isso. Provavelmente o acéfalo seja ignorante.

Poderia eu me encaixar em algum desses grupos? Talvez chegasse a uma conclusão concreta se tivesse escolhido viver mais alguns anos de vida... Poderia não ser agradável minha conclusão.
Me sinto do lado dos que duvidam, e pensam com seu próprio ponto de vista e agem conforme o tal ideal. Esse sofre, e não vê sentido no resto do mundo onde a hipocrisia reina e molda o comportamento.

Então, apenas desejo que continuem vivendo, com o sofrimento consciente ou não. Todos que quiseram competir comigo, por conta de suas próprias frustrações.
Eu não desejo a morte, pois ela é uma fuga fácil, ou não.Irei concluir isso agora.

Tornei-me um bêbado como minha mãe, e um insuportável como meu pai.

Se existir vida após a morte, prometo avisar, para o maior número de pessoas possíveis.
Isso claro, se nada me impedir nesse possível e desconhecido outro plano. Posso estar parecendo sarcástico, mas não. Se possível o farei, posso usar o termo "agnóstico" relativo a isso.
Ou seja, esse dilema não será resolvido, já que ninguém pode provar sua existência, ou sua inexistência.
Acho que serei o primeiro "pré defunto" a prometer alguma coisa do tipo.


Por fim vos digo, não sofram por mim, e não finja.
Os vivos esquecem dos mortos.



Por ROTTEN.